A construtora e incorporadora MRV vê com otimismo o lançamento do Minha Casa Minha Vida 3, e espera ampliar seu mercado de atuação com a criação de uma nova faixa de renda contemplada pelo programa de habitação popular do governo.
O copresidente da companhia Eduardo Fischer disse nesta quinta-feira, em entrevista à Reuters, que aguarda a divulgação dos detalhes do programa ainda neste mês, e que a empresa segue confiante na demanda por moradias de baixa renda após ter registrado um bom segundo trimestre.
Na última semana, o governo federal lançou a terceira fase do MCMV com meta de entregar mais 3 milhões de moradias, mas não divulgou quaisquer informações adicionais sobre o programa.
Com presença em 120 cidades brasileiras, a MRV tem a maior parte de seus empreendimentos voltados para o programa de habitação popular do governo, mas apenas nas faixas 2 e 3, que beneficiam, respectivamente, famílias com renda mensal de 1.600 a 3.275 reais e de 3.275 a 5.000 reais. Na faixa 1, para famílias que ganham até 1.600 reais mensais, a compra da casa própria pode ser subsidiada em até 95 por cento com recursos federais.
Segundo Fischer, o teto da faixa 1 deverá ser ligeiramente reduzido pelo governo, abrindo espaço para a criação de uma nova faixa intermediária, que contará com subsídio menor e na qual a MRV passará a atuar. "Isso é bom para a MRV porque amplia a base de potenciais clientes", afirmou. "A gente está com expectativa muito positiva porque vemos compromisso muito grande do governo com relação ao plano", completou.
HORIZONTE
Na avaliação do executivo, as expectativas de crescimento econômico para o país de apenas 1 por cento este ano ante 2,5 por cento em 2013 não alteram o horizonte de expansão da MRV.
"Não estamos diminuindo (os lançamentos), pelo contrário", afirmou Fischer, acrescentando que a companhia teve "um bom trimestre de vendas" entre abril e junho. A MRV deverá divulgar seus resultados de segundo trimestre em 14 de agosto.
"O déficit habitacional no Brasil ainda é muito grande", disse Fischer. "Isso vai ser grossamente atendido pelo Minha Casa Minha Vida porque é onde o déficit está, na base da pirâmide", completou.
Após uma crise no setor que levou muitas companhias a abandonarem o segmento de baixa renda nos últimos anos, Fischer pontuou que a MRV está "praticamente sozinha" em alguns mercados, o que dá à companhia uma grande vantagem competitiva.
Para os próximos trimestres, ele afirmou que a companhia deverá manter um nível de alavancagem semelhante ao visto no primeiro trimestre, quando a relação entre dívida líquida e patrimônio líquido ficou em 29,5 por cento.
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